domingo, 14 de abril de 2013

PEDINDO COLO, ...

Em 1886, a New England Society realizou um jantar em Nova York. Entre os palestrantes estava Henry Woodfin Grady (1850-1889), da equipe do jornal Atlanta Constitution e testemunha ocular de uma das mais ferozes batalhas da guerra civil americana (1861-1965). Em seu discurso, Grady, descrevendo os soldados confederados ao retornarem aos seus lares arruinados, falou de seus uniformes cinzas desbotados em meio à desolação do Sul. Na manhã seguinte, o jornalista percebeu que se tornara uma celebridade nacional. Todos queriam conversar com ele e o bajular. Certo dia, deixou o escritório do Constitution e desapareceu por vários dias. Na verdade, ele se refugiou na fazenda onde vivia sua mãe, na Geórgia. Chegando lá, disse à mãe: “Vim passar algum tempo com você, pois tenho perdido meus ideais no mundo em que estou vivendo. Estou esquecendo das coisas que aprendi aqui na velha casa e Deus está ficando cada vez mais distante de mim. Eu voltei, mãe, para viver um pouco mais”. É como se Grady voltasse a ser um menino junto à mãe, os dois andando pelos campos, conversando, orando e cantando juntos. Deixou para trás toda a bajulação com seu imenso potencial de torná-lo soberbo. Quando retornou à cidade, Grady estava revigorado e fortalecido, pronto para enfrentar as tentações da vida.

O Salmo 131 tem uma dupla designação. Quanto ao tipo, ele é um “cântico de romagem”. Quanto à autoria, ele é “de Davi”. Apesar de ter sido composto por alguém que ocupou o mais alto cargo político de Israel e que se notabilizou por feitos memoráveis, esse é um salmo que parece vir de alguém modesto, calmo e satisfeito com uma posição inferior e sem qualquer destaque. Por isso, alguns comentaristas atribuem a composição do salmo ao período em que Davi servia ao rei Saul e era por ele injustamente perseguido. Nesse sentido, o próprio caráter de Davi fica patente e serve de chave de interpretação para seus bons exemplos de atuação quando perseguido e como base para lidar com as pressões e tentações do encargo real assumido mais adiante. No final das contas, se Davi é avaliado como um bom servo de Deus, tanto na sua juventude — sendo fiel, corajoso, moderado, benevolente e não vingativo — como no seu reinado — sendo justo, dedicado, honrado, paciente e corrigível —, é porque tinha certos atributos que o acompanharam ao longo da vida e marcaram seu caráter. Ao deixar transparecer no salmo esses atributos, Davi não se mostra como um grande líder, mas como uma simples criança de colo, apresentando os benefícios de uma postura como essa conforme enaltecida pelo próprio Senhor Jesus: “E disse: em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus” (Mt 18.3,4). Sob esse ponto de vista, o salmo identifica três qualidades essenciais ao servo de Deus.

A primeira qualidade essencial àquele que serve ao Senhor é a humildade. Provavelmente dirigindo-se a Deus com a intenção de se antepor aos seus perseguidores e clamar pelo seu socorro, Davi afirma sobre si (v.1a): “Ó Senhor, o meu coração não é orgulhoso e o meu olhar não é altivo”. Ele cita dois órgãos associados à atitude soberba: o coração e o olho. Ao citar o coração, sua declaração é que ele não acolhe sentimentos de orgulho, como se achar melhor do que os outros ou mais capaz. Ao contrário, ele tem uma visão modesta de si e seu coração está bem acomodado a uma condição humilde. Ao citar seu olhar, ele aponta sua atitude externa diante das pessoas. Nesse caso, o autor não se comportava com uma pessoa arrogante que olha os outros com desdém e se apresenta de modo pomposo. Quem o via, não notava um olhar como de cima para baixo, nem uma postura que fazia com que as pessoas ao redor se sentissem intimidadas e desconfortáveis. Ao contrário, Davi mantinha a postura humilde de um servo de Deus e dos homens. Quanto às suas aspirações, ele não buscava grandeza, nem queria ser admirado pelos outros por atingir objetivos que ninguém mais podia (v.1b): “Eu não persigo grandezas, nem feitos maravilhosos da minha parte”. Apesar dessa intenção modesta, durante sua vida Davi de fato alcançou grandezas e fez coisas espetaculares que ficaram registradas para sempre. Contudo, quando isso ocorreu, a disposição humilde foi o pano de fundo de uma atitude grata a Deus pelas vitórias e não soberba diante dos homens como se ele sozinho tivesse feito grandes maravilhas. Esta, certamente, era uma das maiores características de Davi: a humildade.

A segunda qualidade é o domínio próprio. Antepondo a humildade ao impulso natural ao qual vinha sendo chamado pela carne, ele diz (v.2a): “Ao contrário, eu moderei e calei as paixões da minha alma”. As paixões da alma, nesse contexto, estavam ligadas principalmente ao orgulho e à altivez citados no versículo anterior. Se Davi era humilde, não era sem esforço. Sua natureza carnal o chamava não apenas a ser arrogante, mas a agir como tal. Se isso ocorre em uma situação em que há uma perseguição injusta, a tentação é agir com vingança lançando mão dos mesmos expedientes traiçoeiros que lhe estavam sendo apontados. Mas Davi não sucumbiu a esse chamado, ao qual ele “moderou” para que não crescesse e “calou” para que não o convencesse. Essa é a descrição do “domínio próprio”, ou seja, não atender aos impulsos da carne, mas sim aos parâmetros da justiça e à Palavra de Deus. É claro que, para tanto, ele precisou desenvolver uma boa dose de contentamento, já que sua situação não era a mais confortável. Entretanto, (v.2b), ele se acalmou “como uma criança no colo da sua mãe”. A palavra aqui traduzida como criança tem o significado de “desmamado”, mostrando que o sentimento não era de desejo por suprimento, como ocorre a um lactente no colo da mãe, mas de conforto — basta uma mãe tomar nos braços o filho em prantos que ele se acalma e, às vezes, até dorme. O interessante, nesse caso, é que Davi mesmo, pensando na justiça de Deus e buscando conforto nisso, se achega ao contentamento por meio do domínio próprio, pois ele é descrito como a mãe (v.2c): “A minha alma é como a tal criança no meu colo” . Ele dominava seus impulsos e buscava viver satisfeito na situação em que Deus o colocou.

A terceira qualidade é a confiança. No último versículo do salmo, Davi conclama a nação de Israel a manter em Deus suas esperanças (v.3a): “Ó Israel, espera no Senhor” — essa frase é idêntica à primeira parte de Sl 130.7. A princípio, o chamado geral a Israel parece destoar da descrição íntima do salmista até o v.2. Contudo, esse chamado revela uma decisão que o próprio salmista já tinha tomado: confiar em Deus. Se sua situação era difícil e ele não tinha aceitado a proposta da carne de “pagar na mesma moeda”, era preciso recorrer ao Senhor para se proteger e consolar e apontar seu rumo futuro. Já desfrutando dos benefícios dessa confiança do Deus onipotente, o salmista, então, convida seus compatriotas a fazerem o mesmo e conhecerem melhor o Deus a quem serviam. Segundo Davi, os benefícios da confiança, baseados na atuação fiel e perene de Deus, tinham valor constante, pelo que a própria confiança devia ser perene e inabalável. Por isso, ao chamar o povo a fazer o que ele mesmo fez ao confiar em Deus, orienta-os (v.3b) a terem fé “agora e para sempre”, mostrando que a confiança no Senhor não depende das circunstâncias e se torna ainda mais visível e valorosa quando a situação é difícil.

Tão importantes para o rei Davi e para todos os servos de Deus dos tempos bíblicos, essas mesmas qualidades são requisitos fundamentais para o desenvolvimento da vida cristã na atualidade. Em uma época de personalidades e de famosos, a humildade é quem impede que os cristãos busquem glória para si mesmos em vez de glorificarem o único que é digno de todo louvor. Em tempos em que somos ensinados por todos os meios de comunicação que devemos dar vazão aos impulsos e perseguir todos os desejos do coração, é o domínio próprio que aquieta os servos do Senhor e lhes faz buscar a Palavra de Deus e não a satisfação pessoal. Quando tudo é feito para que o homem tenha completa autonomia e capacidade de realizar o que quiser, seja em casa, no trabalho ou nos momentos de lazer, é a confiança em Deus quem traz a correta consciência da incapacidade humana e da dependência que os crentes têm do seu Senhor. Se Davi vivesse hoje e tivesse escrito o mesmo salmo no nosso contexto, este seria tão relevante e aplicável como foi no passado. Por isso mesmo, temos o que aprender da história contada no início do comentário. Na verdade, devemos nos voltar a Deus a fim de buscar nele o desenvolvimento dessas qualidades e lhe dizer: “Vim passar mais tempo com você, pois tenho perdido meus ideais no mundo em que estou vivendo. Estou esquecendo das coisas que aprendi na velha igreja e Deus está ficando cada vez mais distante de mim. Eu voltei, Pai, para viver um pouco mais”.
 
 

sábado, 13 de abril de 2013

VENCENDO O DESÂNIMO!!!

Olá amados, ... quanto tempo sem conseguir escrever uma devocional por aqui. Estava com saudades e apesar de manter minha leitura bíblica em dia, não estava conseguindo redigir nenhum textinho para compartilhar, ... por vezes sentei na frente do computador, mas não conseguia escrever nada, passei por uma fase de desânimo total, falaremos um pouco sobre isso na devocional de hoje, mas agora vamos retornar, já está em tempo, não é mesmo?!?
Ontem numa conversa com uma amiga duas frases me fizeram refletir, ... a primeira quando ela me perguntou o que "ela" podia fazer por mim, afim de me ajudar, ... a segunda o que "eu" faria para resolver a situação, ...



Todas as pessoas têm decisões a serem tomadas todos os dias. Muitas dessas são extremamente importantes e, às vezes, não sabemos exatamente de que maneira resolver uma questão. Porém, é preciso tomar a decisão. E mais, precisamos acertar, pois, senão, teremos um alto preço a pagar como conseqüência negativa da decisão errada.
O melhor momento para pescar é durante o amanhecer ou no pôr-do-sol, em épocas de lua cheia ou nova, e João 21: 2-6 mostra uma pescaria dos discípulos, depois da crucificação de Jesus. Pedro disse: “Eu vou pescar”. Ele estava decidido, era um pescador experiente, mas escolheu a hora errada. Foi num momento em que estava desanimado por causa da aparente derrota de Jesus na cruz.
Pedro e os discípulos haviam deixado para trás carreiras prósperas, suas famílias e até mesmo a religião judaica para seguir a Jesus. Eles tiveram confiança total de que Ele era o Filho de Deus. Também se tornaram celebridades, indo com Jesus de cidade em cidade. As multidões saíam às ruas para conseguir apenas um olhar de Jesus e dos doze discípulos. Mas, agora, tudo parecia que tinha acabado: Jesus havia sido crucificado. A última imagem que tinham na mente era de um Jesus pendurado no madeiro. Vejamos que lições isso traz para nós hoje:
NUNCA TOME DECISÕES COM DESÂNIMO  - O pior momento para se tomar qualquer tipo de decisão é quando você está desanimado. Biblicamente, desanimar implica em renunciar toda e qualquer esperança, é estar completamente destituído de medidas ou recursos emocionais positivos para a realização de algo. Foi num momento em que Pedro estava no mais baixo nível emocional de sua vida cristã que disse: “vou pescar”. Ele estava realmente desanimado, depois que Jesus foi crucificado e tudo parecia acabado!
Mais cedo ou mais tarde, todos nós temos de lidar com estes dias de desânimo. Ninguém deveria tomar decisões importantes para sua vida quando está desanimado. Empresários tomam rumos errados nos negócios quando estão desanimados; casais conduzem mal o casamento quando estão desanimados e, então, mais tarde, se arrependem do que fizeram; cristãos abandonam suas igrejas em um momento de desânimo e, então, ficam distantes, fora de sintonia com Deus; funcionários têm feito trocas equivocadas de emprego ou profissão, em momentos de desânimo.
O Salmo 34: 19 afirma: “muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra”. Há grande diferença em esperar em Deus e fazer o que vier à mente em momentos de desânimos. Nos sentimentos ruins há derrotas, mas a fé firmada em Deus produz renovação interior e direção certa para as decisões diárias.
Cuidado com as pessoas desanimadas O desânimo é contagioso e pode afetar aqueles que estão ao seu redor. Essa influência negativa pode fazer com que as pessoas tenham uma indisposição resoluta e inalterável, em face de situações difíceis. Foi exatamente isto que aconteceu com os discípulos e, sendo influenciados por Pedro, decidiram pescar também. Esta decisão foi tomada com pressa, sem nenhuma reflexão ou análise se deveriam mesmo fazer aquilo: “o simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta para os seus passos” Provérbios 14: 15.
Por isso temos de orar mais para não tomarmos decisões precipitadas que possam influenciar negativamente nossa vida. É melhor que você tome um tempo e ore antes de comprar uma casa nova, antes de comprar um carro novo, antes de decidir abandonar o seu lar, antes de deixar o emprego ou escolher outro, antes de pôr tatuagens por toda parte do seu corpo. Daqui a 10 anos você pode estar disposto a dar qualquer coisa para se livrar delas.
Decisões erradas afetam a nós e aos outros, principalmente, aqueles que estão à nossa volta ou que dependem de nós. Por isso, não se deixe levar pelas aparências. Pare, pense, analise, ore antes de tomar qualquer decisão: “os meus olhos se elevam continuamente ao Senhor, pois ele me tirará os pés do laço” Salmos 25: 15.
DECISÕES ERRADAS TRAZEM DECEPÇÕES - A Bíblia fala que eles tentaram pescar a noite toda, mas não pegaram nada. Ficaram mais decepcionados do que estavam antes. Isso aconteceu porque estavam fora de sintonia com Deus. Por isso, cuidado com as decisões que está pensando em tomar. Vigie, ore ao Senhor e Ele dará as devidas orientações e direcionamentos: “instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho” Salmos 32: 8. Jesus conhece as suas dificuldades e tem sua vitória preparada para o momento certo.
Jesus aparece na praia, perguntando por alimento, mas os discípulos não tinham pescado nada. Significa que estavam com fome. Para saciar seus discípulos, Jesus os orienta e convence-os a fazer nova pesca e a transforma num grande sucesso. Deus nunca perde o controle de nada e nunca perderá. Por isso, confie nele e você verá o milagre acontecer. Ao darem ouvidos ao que Jesus mandou fazer, eles viram suas frustrações irem embora, pois o milagre aconteceu.
Dê ouvidos somente à voz de Deus e Ele fará com certeza o milagre acontecer: “bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado” Jó 42: 2. Deus quer renovar as suas forças com o alimento que Ele já tem preparado para você. Ele espera você. A aproxime-se dele, ceie com Ele e tenha forças para continuar: “os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” Isaías 40: 31.
CONSIDERAÇÕES FINAIS - O cristão passa por momentos ruins e bons, por circunstâncias negativas e positivas, por situações de aparente fracasso e por grandes vitórias. Jesus afirmou: “no mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”, Jo 16: 33. Enquanto o crente estiver nesse mundo não faltarão motivos para se sentir desanimado, mas para aqueles que confiam no Senhor sempre existirá um Deus que fortalece e dá ânimo ao coração para que haja prosseguimento da caminhada cristã até a Jerusalém celestial.

sexta-feira, 22 de março de 2013

22/03/2013 - 12 HOMENS E UMA MISSÃO

Bom dia queridos, mais uma semana que está se encerrando, e sempre motivo de dar graças a Deus, pois Ele tem nos mantido firmes. Que Deus continue sendo o Senhor de nossas vidas e que tudo que façamos seja motivo de honra e glória a Ele.

Leitura de hoje: Números 13 e 14, Eclesiastes 9.1-12 e Mateus 20.1-16.

Não basta espiar a terra. É preciso conquistá-la.
Saindo do Egito, os israelitas dirigiram-se ao deserto. Canaã ficava bem perto e poderia ser alcançada em poucos dias, mas o povo precisava, antes disso, receber a lei do Senhor. Ficaram, portanto, junto ao monte Sinai durante dois anos, ao fim dos quais partiram para a Terra Santa. Existe um tempo apropriado para todo propósito (Ec 3). Não podemos antecipar ou atrasar, mas precisamos de uma direção de Deus e sabedoria para discernir a ocasião propícia.
Canaã, embora tenha sido prometida, precisava ser conquistada. Assim acontece com muitas promessas de Deus que envolvem o esforço humano em sua concretização.
Ali chegando, nas imediações de Cades-Barnéia, Moisés escolheu doze homens, um de cada tribo, para entrarem em Canaã numa missão de reconhecimento (Nm 13).
Aqueles homens eram a elite de Israel, doze príncipes, líderes das tribos, pessoas especiais. Sua convocação foi uma grande honra. Todos aceitaram e atenderam ao chamado. Naquele momento, todos os espias pareciam iguais, podendo ser considerados como exemplos de coragem. Entretanto, passariam por um teste, como acontece a todo servo de Deus em todos os tempos. O teste haveria de revelar o caráter de cada um.
Moisés colocou diante deles um desafio: entrar na terra, observá-la e sair, trazendo algumas amostras do seu fruto. Todos os que são chamados e escolhidos por Deus encontrarão desafios em seu caminho. Estes não vêm para nos destruir, mas para nos fazer crescer. Desafios são, quase sempre, oportunidades, degraus para alcançarmos novos patamares na vida. Aqueles doze homens estavam diante de uma grande chance. Moisés não poderia espiar a terra sozinho. Surgiu então a oportunidade para que os novos líderes pudessem despontar. Daquele grupo sairia o sucessor de Moisés.
Não devemos fugir dos desafios que podem nos fazer avançar rumo ao propósito que Deus estabeleceu para nós, mas provocações inúteis ou contrárias devem ser rejeitadas. As tentações também podem vir em forma de desafio, como aquelas que Jesus enfrentou (Mt 4), mas ele não precisava provar nada para o inimigo. O desafio que Cristo aceitaria seria a cruz.
Não devemos orar pedindo que Deus evite ou elimine todos os problemas das nossas vidas. O que precisamos pedir é sabedoria para enfrentar e vencer as adversidades. Se encontramos grandes problemas em nosso caminho, eles serão oportunidades para grandes realizações e até milagres. Golias desafiou o exército de Israel. Davi aceitou e venceu o desafio. Aquele episódio foi um importante degrau para sua ascensão ao trono.
Quem foge dos estudos, do trabalho, das dificuldades e dos problemas acaba passando para outros as chances de êxito e crescimento. Não devemos criar problemas, mas enfrentar os que surgem diante de nós.
Os doze espias obedeceram a Moisés e cumpriram a missão, mas aquele era apenas o início de um longo processo. O próximo desafio seria muito maior, mas nem todos estavam dispostos a aceitá-lo.
Depois de 40 dias, os emissários voltaram com um relatório que pode ser assim resumido: “Em Canaã tudo é muito grande, mas nós somos muito pequenos”. Descobriram que a terra era habitada por gigantes, entre os quais estavam os terríveis enaquins, filhos de Enaque. Os frutos também eram gigantescos. Trouxeram um cacho de uvas que precisava de dois homens para carregá-lo, além de alguns figos e romãs.
Todos viram o mesmo cenário, mas os observadores dividiram-se em dois grupos: dez incrédulos e dois crentes. Dez espias disseram que não poderiam conquistar a terra, porque seus moradores tinham grande estatura. Dois espias, Josué e Calebe, declararam que poderiam conquistar com a ajuda de Deus.
Os incrédulos estavam firmados em sua visão física. O que viram foi determinante na condução de suas decisões. Os outros dois estavam firmados na fé em Deus e na promessa. Acontecia ali o conflito entre ver e crer. O relatório pessimista era baseado na razão e na lógica humana. O relatório da fé estava fundamentado na palavra de Deus.
Aqueles homens eram príncipes, mas viam-se como gafanhotos (Nm 13.33). Seria humildade? Não. Era um caso de autodepreciação em virtude da incredulidade. Aí está o problema da autoimagem negativa, que pode anular o potencial do indivíduo e do povo. Entretanto, a fé e a sabedoria podem superar a incapacidade humana. Quem pode deter uma nuvem de gafanhotos, quando vem sobre a lavoura? O fato de serem numerosos e unidos torna-os poderosos. Os filhos de Enaque não poderiam resistir aos filhos de Deus, mas aqueles dez espias não pensavam assim. A incredulidade destrói muitas qualidades. Eles não se lembraram que sobre os cananeus estava a maldição de Cão, enquanto sobre os israelitas estava a bênção de Sem, e de Abraão, Isaque e Jacó.
A maioria nem sempre está certa, mas quase sempre prevalece. Foi o que aconteceu. O povo foi influenciado por aqueles 10 líderes incrédulos e as consequências foram terríveis. Naquele mesmo dia, os dez espias foram mortos pelo Senhor, e o povo foi condenado a andar errante pelo deserto durante 38 anos (pois 2 anos já haviam passado) (Nm.14).
Josué e Calebe também tiveram que passar todos aqueles anos no deserto, mesmo sem merecimento, pois Deus tinha um plano para toda a nação e não apenas para dois indivíduos. Muitas coisas podem acontecer em nossas vidas sem que mereçamos, mas por uma necessidade, por um propósito superior.
Havia uma palavra de Deus para aquele povo, mas a palavra humana prevaleceu naquele momento. Embora houvesse uma predestinação nacional, o livre-arbítrio determinou a situação individual. Aqueles que disseram que não poderiam conquistar a terra não a conquistaram. Os que declararam que poderiam, tomaram posse da terra muito tempo depois. Entretanto, a palavra maligna que os pais disseram a respeito dos filhos não se concretizou (Nm 14.3). Vemos, portanto, que as palavras têm poder, mas existe um limite para isso. Deus abençoou as crianças e os jovens que saíram do Egito (Nm 14.31). Muitos deles, talvez milhares, entraram em Canaã, e não apenas Josué e Calebe, conforme muitos afirmam (Nm 32.11-12). Além dos já citados, entraram também aqueles que nasceram no deserto. Deus sempre tem um plano para a nova geração, de modo que os nossos filhos possam fazer e conquistar muito mais do que nós.
Depois de 38 anos, Josué e Calebe tiveram a oportunidade de comprovarem, na prática, sua fé e suas palavras. Chegou o dia de enfrentarem o novo desafio: os gigantes de Canaã. Conforme os registros do livro de Josué, o povo de Deus venceu os cananeus e tomou posse da Terra Santa.
Aquela história deve servir como estímulo aos filhos de Deus hoje. Não podemos passar a vida espiando. Não seja um eterno namorado, mas prossiga para o casamento. Não seja um eterno desempregado ou estagiário, mas consiga um emprego ou abra uma empresa ou torne-se um profissional liberal. Não seja um eterno crente de banco, mas assuma o seu ministério. Precisamos tomar posse de tudo o que Deus tem para nós. É possível e necessário passar ao próximo nível. Não podemos viver no deserto. Não fomos chamados para ser beduínos. Que o deserto seja apenas um local de passagem, mas não a nossa morada.
Os dez espias não foram derrotados pelos gigantes, mas por sua própria incredulidade, medo e covardia. Foram vencidos antes do combate.
Hoje, é muito fácil criticar aqueles homens, mas será não teríamos feito o mesmo? Precisamos enfrentar nossos “gigantes”. Não podemos nos contentar com um cacho de uvas, alguns figos e romãs. O que temos experimentado é apenas uma amostra do que Deus tem para nós. Precisamos enfrentar nossos desafios pela fé e crescer, não por uma questão de cobiça ou egoísmo, mas para a glória de Deus.
Ainda que sejamos pequenos, podemos enfrentar os gigantes porque grande é o nosso Deus. “Maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo”.

Graciele Teles Lima

quinta-feira, 21 de março de 2013

21/03/2013 - VALE A PENA?!?

Olá queridos, tudo bem?!?
Quem acompanha o blog, percebeu que ontem ficamos sem devocional, tenho tido alguns problemas com relação ao tempo, o que tem ocasionado umas furadas nas postagens. Mas, espero que os amados estejam firmes na leitura e aprendizado da Palavra. E peço que estejam orando por mim e que Deus mantenha este sonho de estudar e aprender mais juntos, através da leitura anual.

Abaixo, seguem as leituras de ambos os dias. Forte abraço e que Deus continue a nos abençoar e usar nossas vidas em Sua obra.

Dia 20/03 - Números 9 e 10, Eclesiastes 7 e Mateus 19.1-14
Dia 21/03 - Números 11 e 12, Eclesiastes 8 e Mateus 19. 15-30

Vale mesmo a pena servir a Jesus???
Com esta frase inicio meu artigo deste dia, ao lembrar-me de um determinado texto bíblico, me veio a mente a seguinte pergunta, vale mesmo a pena servir a Jesus?
Bem conta-nos a Bíblia, que em certo dia o Senhor Jesus estava reunido com seus discípulos e foi abordado por um jovem rico, que lhe fez a seguinte pergunta: Mestre que bem farei para herdar a vida eterna? A principio a pergunta era muito atraente a qualquer Rabino da época, pois aos olhos de todos, o jovem mesmo em sua tenra idade estava interessado na salvação de sua alma.
Contudo as palavras de Cristo não foram as que ele esperava ouvir, pois Cristo lhe colocou em uma condição em que ele teria que abrir mão de todos os bens que até então possuía, resumindo ele se retirou triste e se foi.
Ao ver aquela cena os discípulos se agitaram e Pedro talvez o mais “corajoso” deles tomou a iniciativa de questionar o Mestre lhe fazendo a seguinte pergunta:
- Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos? (Mateus 19:27).
Observe amados que Pedro naquele momento estava perguntando aquilo que talvez muitas vezes já tinha golpeado seus pensamentos e quem sabe o dos demais discípulos, como era ofuscada a eles a visão das coisas eternas e a possibilidade deles em enxergar adiante, a frente, estavam esperando em Cristo apenas para aqueles momentos.
O Mestre então lhe responde que “todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna”. (Mateus 19:29)
Contudo precisamos entender que no reino de Cristo precisamos perder para ganhar.
Jesus disse: – Qualquer que procurar salvar a sua vida perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á. (Lucas 17:33)
Talvez estejas ainda a se perguntar Vale mesmo à pena servir a Jesus? Eu lhe digo além de vivermos uma transformação Gloriosa em nossa vida, sendo certamente 100 vezes melhor do que éramos ainda, ganharemos a Vida Eterna.
E não é esse o nosso propósito, não é por esta causa que estamos neste mundo?
Almeje você também a Vida eterna e viva alegremente com cristo todos os teus dias neste mundo.
Linda quinta a todos.

Graciele Teles Lima

terça-feira, 19 de março de 2013

19/03/2013 - PERDÃO

Bom dia pessoal!!! Como estão?!?
Quem está em São Paulo, hoje está encolhido de frio, rs, ... mas lembremo-nos de ser gratos em todo tempo, afinal, Deus é o responsável por tudo e como diz uma canção que amo, Deus está em tudo, na folha que cai, no vento que sopra e por aí vai!

Leitura de Hoje: Números 7 e 8, Eclesiastes 6 e Mateus 18.18-35.

"Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão." Mateus 18.35

Perdoar é um dos atos básicos da fé cristã, pois, a nossa entrada na vida que Jesus Cristo nos ofereceu, só foi possível porque recebemos perdão de nosso Deus e Pai. Ele nos perdoou, mediante a obra de seu Filho feita na cruz, em nosso favor. Amor e perdão sempre caminham juntos.
“Deus é amor”, é a mais formosa definição que a Bíblia apresenta. E a maior prova do seu amor para conosco foi perdoar todos os nossos pecados. Porque ele nos ama ele nos perdoou. Perdoar é um atributo de Deus.
Perdoar é um mandamento da Palavra de Deus. Não é um sentimento, nem depende de nossa vontade ou emoção. A Palavra declara: “sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo vos perdoou” (Efésios 4.32); “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, casa alguém tenha queixa contra outrem. Assim como o Senhor nos perdoou, assim também perdoai vós” (Colossenses 3.13).
Quando Deus nos perdoou, pôs um fim à situação desastrosa em que nós nos encontrávamos, pois, estávamos condenados à morte como conseqüência do nosso pecado de desobediência. Ele nos chamou para uma nova vida, onde o amor e o perdão sempre têm a sua máxima expressão. Perdoada a nossa ofensa, o relacionamento amoroso que nos une ao Pai Eterno foi restaurado. Diante desse ato de misericórdia e amor imerecido devemos, do mesmo modo, estender perdão a todo aquele que nos ofender. O perdão de Deus deve gerar em nosso coração o desejo de perdoar incondicionalmente, tal com ele fez conosco.
Perdoar significa deixar de considerar o outro com desprezo ou ressentimento. É ter compaixão, deixando de lado toda a idéia de vingar-se daquilo que foi feito ou pelas conseqüências que sofremos.
A base sobre a qual exercitamos o perdão
A base para o ato de perdoar é o completo e livre perdão que recebemos do Pai. Assim como ele nos perdoou, nós perdoamos. Como filhos de Deus o perdão que expressarmos, deve ser análogo ao seu perdão – “perdoando-vos uns aos outros como, também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Efésios 4.32), ensina o apóstolo. É inconcebível viver sob o perdão de Deus sem perdoar ao próximo.
Quando Jesus ensinou os seus discípulos a orar, ele colocou um pedido ao Pai: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado os nossos devedores” (Mateus 6.12). É esse espírito de perdão que deve permanecer em nós. Se o Pai, antecipadamente, nos perdoou, quando não éramos merecedores, em gratidão ao seu amor perdoador, nós devemos, também, perdoar aos que nos ofendem. O perdão deve uma característica do nosso viver cristão. Se o amor perdoador de Cristo foi sacrificial – ele se deu por nós -, da mesma forma o nosso amor deve se expressar dando-nos, em amor, por aquele que nos ofendeu.
Quando devemos perdoar
Há dois momentos, em especial, que o perdão deve se expressar:
(1) – No momento em que fomos atingidos - injuriados, maltratados, ofendidos, perseguidos, etc. – O exemplo de Estevão mostra que ele perdoou no mesmo momento da agressão recebida (Atos 7.60) – “Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado”. Apedrejado até a morte, ele não pensou em si, pensou na situação dos agressores diante de Deus – perdoou-os e rogou por eles. Eis, aí manifesto o mais elevado e magnífico espírito cristão de perdão. Este primeiro mártir da fé cristã imitou o Senhor Jesus que orou na cruz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34).
(2) – Quando aquele que ofendeu pede perdão – Devemos estar preparados para perdoar, tão logo nos for solicitado o perdão. Deve ser uma atitude imediata e sem guardar ressentimento algum. Isso se expressará mais fácil na medida em que amadurecemos em nossa vida espiritual. O perdão tem de ser um ato de nossa vontade disciplinada. Ele não é um sentimento, nem é facultativo. Ele resulta de colocar a nossa vontade sob a vontade de Deus.
 Quantas vezes devemos perdoar
Essa foi a pergunta que Pedro fez a Jesus. A resposta do Senhor trouxe algo novo, demonstrando que já não estamos sob a Lei, estamos sobre a Graça de Deus. “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mateus 18.21,22). Se a Lei determina um número de vezes para perdoar, o Evangelho de Cristo não determina números, determina a aplicação do amor em grau infinito.
Condições para recebermos perdão
Perdoar para ser perdoado é o ensino de Jesus:
- “se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. (Mateus 6.15).
- “Assim também meu Pai celeste vos fará, se no íntimo não perdoardes cada um ao seu irmão” (Mateus 18.35).
- “E, quando tiverdes orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que o vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas” (Marcos 11.25)..
O perdão "a" nós mesmos
Muitas vezes, antes de podermos perdoar os outros, devemos perdoar a nós mesmos. Habitualmente somos mais duros conosco do que com os outros. Devemos recordar que Cristo nos perdoou. Mateus 22.39 nos ensina: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Precisamos sentir que ele nos ama e já nos perdoou. Para que isso ocorra, devemos lembrar a posição em que Deus já nos colocou: “nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Efésios 2.6). Precisamos nos ver como somos aos olhos de Deus e não segundo os nossos incorretos sentimentos. Em Cristo está a nossa vitória.
Valor do Perdão
Perdoar é essencial ao nosso bem estar interno e ao testemunho externo da igreja. Sem esta prática as daninhas ervas da amargura, do ódio e do ressentimento impedirão de que representemos ao mundo, integralmente, o caráter de Jesus o nosso Senhor e Salvador. Amém.
 
Graciele Teles Lima

segunda-feira, 18 de março de 2013

18/03/2013 - PRECISA-SE

Olá amados, boa tarde, como estão?!?
Ontem domingo como nas últimas semanas não foi postado nenhuma devocional, hoje então posto as 2 leituras e crescemos juntos.

Leitura do dia 17/03 - Números 3 e 4, Eclesiastes 3:16-4:16 e Mateus 17
Leitura do dia 18/03 - Números 5 e 6, Eclesiastes 5 e Mateus 18.1-17

PRECISA-SE, diz um anúncio para emprego. Você apressadamente procura saber mais detalhes sobre a oportunidade oferecida e resolve se candidatar. No dia e horário marcado pela empresa ou entrevistador, lá está você, de banho tomado, dentes escovados, um perfuminho e certamente com a melhor roupa para a ocasião. Agora pare para pensar: Quantas coisas você teve que fazer e priorizar para se candidatar a oferta de emprego?
Comportar-se adequadamente no local de entrevista, não causar polêmicas, vestir-se alinhadamente, apresentar-se educadamente e respeitosamente, ouvir mais que falar, etc, etc, etc, ... são posturas requeridas para a ocasião, o momento, e o lugar ao qual você se encontra.
Porém, agora, pare e pense em sua postura totalmente contrária as descritas acima. Como você acha que o entrevistador reagiria para com a sua pessoa?
Assim também, é na Casa de Deus. Devemos vigiar e estarmos atentos em todo o momento pela forma a qual temos nos apresentado perante o Senhor. Em I Coríntios 13.11, Paulo diz: "Quando eu era menino, discorria como menino, mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Se contextualizarmos, o que Paulo diz acima para a nossa realidade atual o que pensaríamos? Talvez você diga: Mas eu não sou menino! Esta palavra não tem nada a ver comigo! A palavra "menino" nos traz a imagem e a postura de uma criança pequena que corre e brinca de um lado a outro e que ao redor existem pessoas que estão atentas a cada passo dela.
Porém, nesta passagem bíblica, Paulo também nos chama atenção as coisas de meninos com relação a nossa postura.
"Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal." Eclesiastes 5.1
O guardar o nosso pé ao entrar na Casa de Deus, diz respeito a postura, respeito, reverência, a forma como nos apresentamos diante de Deus. É estar atento a forma como seu filho ou filha está se comportando dentro da igreja, etc.
Talvez você pense que não tem problema algum deixar papéis sobre os bancos, pregar chicletes pelas paredes e cadeiras, usar os instrumentos da igreja escuidadosamente, etc. Por outro lado pergunta-se: você seria capaz de agir da mesma forma em sua casa? No seu local de trabalho? Na casa de um parente?
No dicionário Aurélio a palavra reverência é assim descrita: 1 - respeito, marcado pelo temor, as coisas sagradas. 2 - Respeito, acatamento.


E você?!? Tem tido reverência ao entrar na Casa de Deus?
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Forte abraço, e que Deus abençoe sua semana.


Graciele Teles Lima

sábado, 16 de março de 2013

16/03/2013 - TEMPO

Bom dia!!!!!!! O sábado em São Paulo está meio tímido, mas dá para curtirmos muito, mesmo assim.

Nossa leitura de hoje: Números 1 e 2, Eclesiastes 3.1-15 e Mateus 16.

Eclesisastes 3.1-11

O principal foco de Salomão nesta passagem é que Deus tem um plano para todas as pessoas. Ele estabeleceu ciclos para a vida, em cada um deles há trabalhos que devemos realizar. Apesar de enfrentarmos muitos problemas que parecem contradizer os planos de Deus, estes não devem ser barreiras para crermos nEle, antes, devem ser vistos como oportunidades para descobrirmos que, sem Deus, os problemas da vida não tem soluções permanentes!
O tempo é importante. Todas as experiências listadas nestes versículos são apropriadas em certas épocas. O segredo para ter paz com Deus é descobrir, aceitar e apreciar o tempo perfeito de Deus. O perigo está em duvidar ou ressentir-se em relação ao momento do Senhor. Isto pode levar ao desespero, à rebelião ou a seguir em frente sem o conselho dEle.
O cristão pode odiar? Não devemos odiar as pessoas más, mas o que elas fazem. Não devemos aceitar o fato de pessoas serem maltratados, crianças morrerem de fome e de o nome de Deus ser desonrado. Além disso, devemos odiar o pecado em nossa vida, pois é o que Deus reprova (ver Salmo 5.5).
Sua capacidade de encontrar a satisfação em seu trabalho depende muito da sua atitude. Você ficará insatisfeito se perder de vista o propósito que Deus tem para ele. Mas poderá alegrar-se se lembrar que Deus nos deu um trabalho a realizar e nos capacitou a perceber o fruto do nosso trabalho é um presente de Deus!
Deus pôs o mundo no coração do homem (verso 11). Em outra versão foi usado o termo ‘eternidade’ . Isto significa que nunca poderemos ficar completamente satisfeitos com os prazeres e com o que almejamos fazer na terra. Pelo fato de sermos criados à imagem de Deus, temos uma sede espiritual e um valor eterno; isto implica que nada, a não ser o Deus eterno, é capaz de satisfazer-nos verdadeiramente. Ele pôs em nós um incansável anseio por um mundo perfeito que só pode ser encontrado em sua perfeita lei. Deus nos deu um vislumbre de perfeição em sua criação. Mas é apenas um vislumbre; não podemos ver o futuro ou compreender todas as coisas. Assim sendo, devemos confiar NELE agora e fazer a sua obra na terra.
Ser feliz e fazer o bem são objetivos valiosos na vida, mas podemos buscá-los de maneira errada. Deus deseja que desfrutemos a vida. Quando temos a visão correta, descobrimos que o verdadeiro prazer consiste em considerar e desfrutar tudo o que temos como dádivas de Deus, não colocando nosso prazer no que acumulamos.
Muitas vezes a natureza humana acaba "vivendo em função do tempo”. Você deve estar se perguntando nesse momento: “Como assim vivendo em função do tempo?” Simples. Vivemos aguardando, esperando o tempo para conseguir o emprego, para começar a namorar, para casar, ou talvez para comprar uma casa, um carro, ou outra coisa seja lá o que for sempre estamos ansiosos aguardando o bendito tempo de o milagre acontecer.
O que você está esperando acontece na sua vida, tempo é de Deus.
Não mais vivemos nossas vidas de uma forma normal, mas vivemos somente em função do milagre, da benção, da vitória ou da vida. Diante de algumas situações chegamos até nos perguntar, "Mas quando? Porque não agora?" De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar e tomar atitudes para acelerar as coisas. Isso ao invés de acelerar só vai retroceder.
A vida inteira plantam esperando um dia colher e mesmo assim até a colheita esta na determinação de Deus. Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que foi previsto por DEUS. Uma vez ouvi em uma pregação algo que me marcou muito.
Vejamos no decurso da história bíblica como Deus estabeleceu o tempo certo na vida das seguintes pessoas:

1 – Sara
Se Deus tivesse dito a Abraão em Harã que ele precisaria esperar trinta anos até poder abraçar a criança prometida, seu ânimo teria desfalecido. “Assim, com o desvelo do amor, Deus ocultou-lhe a lonjura dos anos exaustivos, e só quando já estavam prestes a acabar-se e havia apenas alguns meses a esperar, é que Deus lhe falou”: "Ao tempo determinado tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho" (Gn 18.14).
Quanto tempo ela e Abraão esperavam para ter um filho! Foram muitos anos de espera e ela nem sequer tinha mais esperança de que isso viesse a acontecer. Mas um dia, o próprio Deus veio à tenda de Abraão e lhe disse: Certamente voltarei a ti, daqui a um ano; e Sara tua mulher, dará à luz um filho. E Sara riu, porque achava que era impossível, mas, para o nosso Deus, tudo é possível e no tempo determinado, Sara teve um filho e o chamou de Isaque!


2 – José
O nosso Deus também determinou um tempo de exaltação, mas antes que esse tempo chegasse, eis que veio o tempo das humilhações e José passou por caminhos que nenhum de nós desejaria passar! Foi vendido, desprezado, caluniado, lançado numa prisão e esquecido! Mas Deus, que não dorme nem tosqueneja, sempre esteve presente na sua vida e onde ele punha a mão, Deus fazia prosperar. Por fim, Deus o tornou governador do Egito! Porque Ele é fiel e cumpre com suas promessas no tempo determinado! Será que, se José soubesse que passaria por tudo quanto passou, ainda assim desejaria ser fruto dos planos de Deus? Penso que sim, pois ele nos deixa evidências a este respeito ao rejeitar, veementemente, propostas, aparentemente, favoráveis e boas, Gn 39: 9.
Entretanto, o sofrimento, a calúnia, a inveja, o ciúme, o desprezo, a prisão não puderam ser impedimentos para que os propósitos de Deus fossem cumpridos. Os capítulos 37 a 48 deixam evidente que sua trajetória foi desafiadora e dolorida. O sucesso de sua vida como cidadão e pessoa comprometida com Deus custaram-lhe muitas lágrimas, inveja, solidão, assédio, perseguição, prisão, humilhação, renúncia, perseverança e muitos outros males.
O preço pago pelos sonhos proféticos foi tão alto que os estudiosos o têm como personagem-tipo de Jesus. Muitos pregadores usam passagens, como a de José (Gn 37), para motivar seus ouvintes a sonhar. Há até mesmo aqueles que afirmam: quem não sonha não vence na vida. Sonhe alto! Não seja mesquinho! E por aí se vão as mais ufanistas ex-pressões quanto aos sonhos. Mas, o que, na verdade, os pregadores deveriam ensinar é que há um preço para quem quer sonhar.
Precisam dizer que o sonhador poderá O tempo (kairós) de Deus não está preso ao nosso tempo (cronômetro). Deus tem o controle de tudo, pois é poderoso para fazer tudo, muito mais abundantemente e além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera Ef 3: 20. Os fatos foram acontecendo na vida de José. Ele estava com 17 anos quando teve os primeiros sonhos. Era ainda um adolescente. Um moço sem experiência de vida, mas consciente dos planos de Deus. Nem mesmo o seu pai ousou questionar os mistérios divinos na vida de seu filho, v. 11.
Quando foi tirado da prisão para interpretar os sonhos do faraó, ele estava com 30 anos, Gn 41: 46. Depois que Deus cumpriu todos os projetos em sua vida, José veio a falecer aos 110 anos, 50: 26. Interessante que tudo foi acontecendo dentro do momento (kairós) de Deus. Nem antes e nem depois. Ele faz tudo na hora certa, ou seja, de repente o Espírito Santo é derramado, At 2; as portas se abrem, Ap 3: 7; o enfermo é curado, a bravura do mar é acalmada, o incrédulo é salvo.
Nada pode impedir que os ponteiros do relógio de Deus marquem a hora de sua ação. Ele não está condicionado ao nosso tempo, mas somos nós que estamos condicionados a Deus. Descanse e aguarde o tempo determinado do cumprimento das promessas divinas em sua vida. 3 - Moisés. E as determinações do Senhor são cumpridas sem que haja qualquer impedimento. Muitas vezes não entendemos o seu trabalhar, mas ele faz o seu caminho em meio à tormenta.
Ele muda os tempos e as horas, remove reis e estabelece reis! Como trabalhou na vida de José, está também trabalhando na tua vida e no tempo determinado, verás o cumprimento das suas promessas. Tem esperança, pois é bom esperar em silêncio a salvação do Senhor! Ser paciente na preparação para o trabalho do Senhor. Moisés tinha 40 anos quando compareceu perante Faraó6, em nome de Jeová, como dirigente do seu povo. Samuel começou a se preparar desde criança.

Jesus tinha cerca de 30 anos quando iniciou sua obra redentora. José tinha 30 anos quando foi feito primeiro-ministro do Egito e percorreu toda aquela terra. Aquilo fazia parte do plano de Deus para mais tarde retirar o seu povo de lá. Há muitos que quando sentem a chamada divina imediata-mente abandonam tudo e saem despreparados para a obra do Senhor, resultando isso em males e prejuízos para a própria obra, o individuo, os seus e a igreja. O Senhor da seara, antes de ordenar aos seus “ide por todo o mundo”, primeiro os chamou para com Ele ficarem cerca de três anos e se prepararem para a grande obra que os esperava. “Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15). Eliseu teve longa preparação antes de assumir o lugar de Elias; Daniel teve que receber preparação para servir a Nabucodonosor. Se isto aconteceu com todos eles, quanto mais ao crente para servir ao rei do Universo e cuidar da sua obra.
Se Deus to chamou para o seu trabalho, prepara-te. Muitos interpretam mal as palavras de Jesus em Mt 4.19: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. Ele nos prepara espiritualmente, capacitando, ungindo, enchendo da sua graça e do seu poder, mas o preparo do lado humano, nós é que devemos cuidar, adquirindo conhecimento e experiência e tudo o mais necessário, segundo a direção divina.

Aproveitar o tempo e as oportunidades que Deus dá. Isto faz parte da preparação. Há aqueles que desperdiçam o tempo e as oportunidades e quando chega a hora de entrar no trabalho vão lamentar e aprender a fazer o serviço cristão a custa de erros. Moisés vinha cuidando de rebanho há muito tempo quando chegou o momento de Deus na sua vida. Os acontecimentos que marcaram a vida de Moisés, bem como a sua reação ao chamado de Deus, em Horebe, ensinam lições preciosas aos servos de Deus.
Quanto mais difícil e a tarefa que Deus tem para seus servos, maior e mais difícil e a preparação e o caminho que eles têm a percorrer antes de cumprir sua tarefa. Se estamos enfrentando muitas dificuldades que não foram causadas por nossa própria imprudência, ainda assim devemos alegrar-nos no Senhor e aguardar o momento determinado por Deus. Sempre foi assim com aqueles que realmente foram chamados por Ele. Desde novo, Moisés se sentia responsável pelo povo de Israel. Ele havia sido salvo da morte (Ex 2.5) e levado para o palácio onde aprendera a ciência com uma das civilizações mais adiantadas do mundo antigo. Tal fato deve ter levado Moisés a perceber que fora escolhido pelo Deus de seus pais para tornar-se o libertador de seu povo. Entretanto quando ele tomou suas próprias iniciativas, foi interrompido de forma chocante (Ex 2.11-15). O caminho de Deus era outro. Havia outras lições que ele precisava aprender.
Para ser apto a conduzir o povo através do deserto não bastava conhecimentos de astronomia, geometria, geografia, etc. Ele precisava aprender a sobrevivência no deserto, a paciência, e tolerância. 4–Davi. Foi isso que Davi disse: Esperei com paciência no Senhor e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor! Davi, mesmo sendo o menor da casa de seu pai, foi ungido Rei de Israel, mas esperou muitos anos antes de sentar no trono. Foi perseguido, escondendo-se nos desertos e nas cavernas, desprezado por seus irmãos, mas nunca foi desprezado pelo Senhor que, no tempo determinado, deu-lhe vitória! o rei de Israel, uma grande promessa (2 Samuel 7; 1 Crônicas 17). Ele tinha decidido construir uma casa para Deus que substituísse a tenda que durante gerações tinha sido a morada de Deus na terra. Mas Deus disse a Davi: “Tu não edificarás casa para minha habitação. . . o Senhor te edificaria uma casa. Há de ser que, quando teus dias se cumprirem, e tiveres de ir para junto de teus pais, então farei levantar depois de ti o teu descendente, que será dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. . . .
O confirmarei na minha casa e no meu reino para sempre, e o seu trono será estabelecido para sempre” (1 Cr 17.4-14). Essa promessa começou a se cumprir em Salomão, o filho legítimo de Davi (1 Cr 22.6-10; 28:2-8). Mas a sua intenção final esperava um Filho de Davi maior, o qual se tornaria rei eterno. O plano de redenção de Deus estava vindo à tona. Os profetas de Deus explicaram mais detalhes sobre a promessa dele.

Isaías falou da deidade e do caráter do rei vindouro e da natureza pacífica e justa de seu reinado (Isaías 9:6-7; 11:1-16). Jeremias escreveu sobre sua integridade (Jeremias 23:5; 30:9; 33.14-16). Ezequiel descreveu esse “Davi” como um pastor que apascentaria seu povo (Ez 34.23-24; 37.24-25).
Mas desde a promessa até o seu cumprimento foi um período muito tempestuoso. Deus tinha alertado a Davi: “Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos, se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos, então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniqüidade” (Salmo 89:30-32). Mas mesmo com a disciplina, Deus prometeu não violar o seu concerto nem deixar de cumprir a sua promessa (S l89.33-34). No reino do neto de Davi, Roboão, Deus tirou dez tribos da casa de Davi por causa da idolatria, mas preservou uma tribo por amor a Davi (1 Reis 11.32-39). O filho perverso de Roboão, Abias, também foi poupado por causa da promessa que Deus tinha feito a Davi (1 Reis 15.3-5). Três gerações depois, Judá sofreu durante todo o reinado de Jorão, o genro de Acabe, um dos reis mais perversos que existiram. Ainda assim, “o Senhor não quis destruir a casa de Davi por causa da aliança que com ele fizera, segundo a promessa que lhe havia feito de dar a ele, sempre, uma lâmpada e a seus filhos” (2 Cr 21.7). A viúva de Jorão, Atalia, “destruiu toda a descendência real” (2 Reis 11), mas deixou um nenê que estava escondido no templo.
Mais tarde, Deus redimiu o seu povo das mãos do poderoso exército assírio de modo espetacular (2 Reis 19.33-35). Embora do ponto de vista humano a promessa de Deus sempre parecesse estar por um fio, Deus jamais deixou de mantê-la segura. Depois de algum tempo, a perversidade obrigou Deus a retirar os descendentes de Davi do trono. Ele disse: “Tira o diadema e remove a coroa; o que é já não será o mesmo; será exaltado o humilde e abatido o soberbo. Ruína! Ruína! A ruínas a reduzirei, e ela já não será, até que venha aquele a quem ela pertence de direito; a ele a darei” (Ez 21.26-27).

Deus usou a Babilônia para destruir a sua nação. A perspectiva de um reino eterno por meio da linhagem de Davi parecia pouco promissora. Certo escritor lamentou: “Que é feito, Senhor, das tuas benignidades de outrora, juradas a Davi por tua fidelidade?” (Salmo 89.49). Num momento especialmente obscuro, emitiu-se um decreto “para que se destruíssem, matassem e aniquilassem de vez a todos os judeus, moços e velhos, crianças e mulheres, em um só dia” (Et 3.13). Mas Deus interveio; sua promessa se manteve firme. Deus havia prometido que da árvore cortada brotaria um renovo (Isaías 11:1). Tinha prometido reconstruir o tabernáculo caído de Davi (Am 9.11-15). Havia predito que o reino não existiria mais até que chegasse aquele a quem pertencia (Ez 21.27). Embora a perspectiva de cumprimento parecesse pouco promissora, homens corajosos, de fé, confiantes na promessa de Deus, esperaram a chegada do reino eterno do filho de Davi (Lc 2.25, 38; 23.51). Por fim, terminou o tempo de espera.
Gabriel anunciou a Jesus: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lucas 1:32-33). Jesus Cristo, descendente de Davi, reina (veja Marcos 11:9-10; - Lucas 1:68-71; - Atos 2:25-36; - 13:32-37; -Romanos 1:3; 2 Timóteo 2:8; - Apocalipse 3:7; - 5:5; * 22:16). Em Cristo, o tabernáculo caído de Davi foi reconstruído (Atos 15:14-18). Que privilégio maravilhoso compartilhar como cristãos do reino eterno do Filho de Davi, Jesus Cristo (Apocalipse 1:9). I - A fuga de Davi - A Conspiração de Saul A ascensão de Davi ao poder promovido por Saul foi uma atitude política astuta, embora provasse mais a fragilidade psicológica do rei conturbado.
Com grande coragem temperada pela circunspeção e humildade, Davi saía às guerras, e voltava tão bem-sucedido que não demorou para a multidão passar a cantar a respeito de seus feitos, quase de forma lendária. O rei Saul achou-se eclipsado e, a partir daquele momento, traçou algumas estratégias para livrar-se de seu rival. Em primeiro lugar, sob influência demoníaca, Saul tentou encravar Davi com uma lança na parede, pelo menos por duas vezes (1 Sm 18.11; 19.10), mas Yahweh o livrou de suas mãos. Bastante frustrado, Saul dispensou Davi da corte, deixando-o apenas dedicado ao serviço militar.
Depois, o rei maquinou um plano pelo qual se veria livre de Davi: obrigou-o a pagar o preço (mõhar) de cem filisteus mortos, em troca da mão de sua filha Mical. Isto seria o equivalente a uma alta quantia em prata e ouro (1 Sm 18.25). Davi não se intimidou e buscou a ocasião, ferindo duzentos filisteus. Quando Saul recebeu os relatórios constatando que a tarefa havia sido cumprida, tratou imediatamente de fazer os preparativos para o casamento. Saul passou a ter como genro o inimigo que tentava destruir. A partir de então Saul passou a manifestar abertamente a intenção de destruir Davi, fazendo com que o próprio Jônatas soubesse de seus planos.
Este, consciente sobre a eleição divina de Davi, buscou fazer seu pai entender que seria tolice derramar sangue inocente (1 Sm 19.4,5). Tais palavras até ocasionaram uma reconciliação momentânea, mas Saul logo estava à procura de Davi para matá-lo; desta vez, enviou alguns assassinos para o atacar enquanto estivesse dormindo. Porém Mical, ao tomar conhecimento do plano, avisou o marido, dando-lhe tempo para escapar e refugiar-se em Ramá junto ao profeta Samuel (1 Sm 19.18).
Permanecendo lá por pouco tempo, Davi procurou Jônatas mais uma vez, e juntos planejaram um meio de Davi saber se teria ou não um futuro na corte de Saul. Na ocasião, a intercessão de Jônatas por Davi era totalmente em vão, porque Saul havia posto no coração que Davi precisava ser eliminado. Saul percebeu que Jônatas havia reconhecido a legitimação do reino de Davi, e que expressava lealdade ao homem que era segundo o coração de Deus (1 Sm 20.30,31). Então, não havia outro caminho para Davi senão fugir, tornar-se um exilado de seu país e de sua família, caso ainda esperasse sobreviver para reivindicar seu lugar ao trono. II - Davi Aguardando o Tempo de Deus Davi foi primeiramente para Nobe, uma vila no monte das Oliveiras, onde o sumo sacerdote presidia sobre o tabernáculo.
Visto que Aimeleque (em outra passagem conhecido como Aías; cf. 1 Sm 14.3; 22.9) era bisneto de Eh, é razoável admitir que ele ou seu pai Aitube removeram o tabernáculo de Siló e o instalaram em Nobe. Alguns até hoje questionam o porquê de tal lugar haver sido escolhido. A arca, é claro, ainda estava em Quireate-Jearim, sob a custódia da família de Abinadabe. Tendo escapado de Saul apenas com as roupas do corpo, Davi e seus companheiros estavam famintos e pediram alimento ao sacerdote. Aimeleque não sabia acerca do desentendimento entre Saul e Davi, de sorte que lhes providenciou o único alimento disponível: os pães da proposição do tabernáculo.
Tomando a espada de Golias que tinha sido guardada debaixo do éfode, talvez como símbolo da superioridade de Yahweh sobre os filisteus - Davi partiu em direção a Cate, a terra natal de Golias. Este ato de loucura, acentuado pelas representações teatrais de Davi, acabou convencendo Áquis, rei de Gate, de que Davi estava de fato insano. Os profetas extáticos do mundo pagão agiam da mesma maneira e, tidos como homens santos, eram isentos de punição, como foi Davi.
O herói hebreu que ferira de morte Golias, obteve o direito de aguardar em Cate. De fato, Davi procurava um refúgio em Gate, mas o rei Áquis, por alguma razão, não achou por bem que Davi permanecesse em seu meio. Pelos próximos dez anos, Davi viveu uma vida de fugitivo, movendo- se de um lado para outro, sem nenhuma ajuda visível. Encontrou refúgio na caverna de Adulão, uma cidade situada na Sefelá de Judá, cerca de 20 quilômetros a sudoeste de Belém. Na ocasião, sua família tomou ciência da situação, e juntou-se a outros sob o comando de Davi. Isto sugere que emergia um consenso a respeito de que Davi, tendo recebido a unção como rei, estava prestes a liderar um movimento que resultaria em uma grande revolução e na deposição de Saul. Até mesmo os filisteus perceberam isto (1 Sm 21.11).
É provável que tivessem poupado Davi em Gate precisamente porque poderiam usá-lo para minar o governo de Saul. Nesse período, o profeta Gade juntou-se a Davi, e o aconselhou durante o restante de seu exílio. Gade recomendou-lhe que deixasse Adulão, e se deslocasse para a floresta de Frete (localização desconhecida). Enquanto isso, Saul, dominado por sua paranóia, acusou os companheiros benjamitas de deslealdade por não terem confessado que Jônatas, seu filho, havia desertado e manifestado solidariedade para com Davi.
Para apaziguar Saul, Doegue, que havia observado como o sacerdote Aimeleque favorecera Davi em Nobe, decidiu contar ao rei tudo o que lá tinha ocorrido. Furioso, Saul reuniu os sacerdotes de Nobe e, acusando-os de traição, matou sumariamente a todos. Ele mesmo colocou a cidade de Nobe sob herem, apagando-a definitivamente da terra. Porém, Abiatar, filho de Aimeleque, conseguiu escapar para junto de Davi, e o serviu durante todos os anos que este esteve no deserto.
Mais tarde, tornou-se o sumo sacerdote de Israel juntamente com Zadoque, mantendo esta posição até que Davi veio a falecer, quando então conspirou com Adonias, filho de Davi, para que Salomão não se tornasse rei. Tal atitude removeu Abitar do ofício de sumo sacerdote, e ocasionou seu exílio em Anatote quando Salomão assumiu o poder. Davi podia estar fugindo de Saul, mas permanecia sempre bem informado das necessidades de sua parentela. Os filisteus, talvez testando as intenções de Davi, fizeram uma incursão na cidade de Queila (Khirbet Qilã), um vilarejo de Judá ao sul de Adulão.
Buscando cuidadosamente o Senhor através do éfode que Abiatar havia trazido de Nobe (1 Sm 23.6), Davi convenceu-se da vitória e partiu para Queila a fim de libertar seus conterrâneos. Ciente, Saul marchou rapidamente para o sul com intenção de emboscar Davi e seus homens dentro da cidade. Davi soube da chegada de Saul a tempo de escapar, buscando refúgio no deserto de Zife que ficava pouca coisa ao sul de Hebrom. Ele estava certo de que o povo de Queila, que ele acabara de salvar dos filisteus, não o defenderia contra Saul. Uma evidência de que Davi não desfrutava de apoio total nem mesmo em Judá. Também os habitantes de Zife provaram ser traiçoeiros, pois não perderam tempo em informar ao rei de que Davi escondia-se no meio deles. Sempre um passo à frente, Davi partiu depressa para o deserto de Maom.
Saul também chegou ao local, e por pouco não capturou o exército de Davi. Mas antes de prosseguir, teve de voltar para o norte, a fim de impedir uma invasão dos filisteus em seu território. Davi partiu para o oriente, até EnGedi (Tel ej-Jurn), às margens do mar Morto. Incansavelmente, depois de resolver o problema filisteu, Saul voltou à perseguição. Seguiu Davi até En-Gedi, mas desta vez quase perdeu sua própria vida, pois Davi estava em uma posição que poderia matá-lo, caso realmente o quisesse. Sem dúvida o instinto humano requeria que Davi se livrasse do rei e buscasse o trono. Porém, a percepção divina prevaleceu, porque Davi sabia que até que o próprio Jeová o removesse, Saul permaneceria o ungido do Senhor. Ele também reconhecia sua unção divina, mas isso não significava muito no momento. Tudo o que ele sabia era que Deus, que o tinha escolhido, o colocaria na posição de poder no tempo dEle. Temporariamente atraído pela bondade e respeito manifestos por Davi, Saul decidiu retornar para casa.
Davi também partiu de En-Gedi e foi para o deserto de Parã até o Carmelo (Kirmil), dois ou três quilômetros de Maom (Khirbet Ma’in). Davi ouvira falar de um homem muito rico chamado Nabal, que vivia em Maom e era dono de muito gado e vastos territórios no Carmelo. De novo à beira da fome, Davi pediu àquele homem alimento para si e para seus homens, o que não era um pedido injusto se considerado o hábito da apropriação indevida comum aos indivíduos fora-da-lei. Além disso, com consentimento dos homens de Nabal, Davi protegeu os rebanhos deste sem qualquer remuneração (1 Sm 25.15).
Apesar disso, Nabal não concedeu o pedido e, não fosse pela intercessão da sábia e bela Abigail, mulher de Nabal, aquele homem rapidamente teria experimentado a ira de Davi. Abigail providenciou os suprimentos necessários, Quando Nabal ficou sabendo do que lhe iria acontecer, ficou tão chocado que teve um ataque do coração e morreu. Davi, agradecido a Abigail e ao mesmo tempo envolvido por sua sabedoria e beleza, providenciou para que ela se tornasse sua esposa. Ele também se casou com Ainoã, de Jezreel (Khirbet Terrama?), uma cidade a sudoeste de Hebrom. A primeira mulher, Mical, tinha nesse tempo sido tomada de Davi e entregue a outro marido, Paltiel. Depois de Davi se tornar rei em Hebrom, Ainoã deu à luz seu primogênito, Amnon, e Abigail deu à luz seu segundo filho, Quileabe (2 Sm 3.2,3).
Mais uma vez os zifitas, que pareciam ter um incontrolável ódio de Davi, notificaram a Saul que seu inimigo estava entre eles, em Aquilá (local desconhecido). Quando Saul chegou ao local, Davi e seu sobrinho Absai (ver 1 Cr 2.13-16) penetraram furtivamente no acampamento do rei, durante a noite, e facilmente poderia tê-lo matado juntamente com seu general de exército, Abner. Novamente Davi reconheceu a santidade do reinado em Israel e deixou que o destino de Saul fosse consumado pelas mãos de Yahweh (1 Sm 26.10).
Quando Saul despertou e soube que ainda estava vivo pela misericórdia de Yahweh e seu servo Davi, confessou outra vez seu pecado contra Davi e prometeu nunca mais buscar tirar a vida de Davi. Mas Davi sabia que estes eram apenas surtos de paranóia, e que em momento oportuno voltaria a caçá-lo. A ansiedade é uma angústia, um mal que nos destrói pouco a pouco! “Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá.” (1 Sm. 16.13.) A ansiedade é uma angústia, uma incerteza aflitiva, um mal que nos destrói pouco a pouco, dia após dia. Vemos no livro de primeiro Samuel o episódio da unção do jovem Davi a rei de Israel.
Davi não alcançou o reinado de sua nação logo após sua unção, houve um tempo de espera, tempo este que não foi pequeno, muitos anos se passaram, muitas situações aconteceram na vida daquele jovem, até que ele chegasse ao lugar para o qual Deus o havia ungido. 5– O Rei Ezequias. Foi um grande homem de Deus, que fez o que era bom aos olhos do Senhor e andou nos caminhos de Davi. Mas um dia, a enfermidade o afligiu e Deus lhe enviou o profeta Isaías dizendo: “Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás!” Como ficou triste o rei Ezequias!... Mas ele virou o seu rosto para a parede e suplicou ao Senhor, mostrando-lhe tudo quanto tinha feito e Deus mandou mais uma vez Isaías dizendo: “Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas, eis que acrescentarei aos teus dias 15 anos!”.
Tudo isso, porque o tempo de Deus não havia chegado para sua vida! E se o tempo de Deus ainda não chegou não te aflijas, pois ele é vitória para ti nesta tarde! 6 – A mulher que passou 12 anos com uma enfermidade terrível! Ela já tinha gastado todo o seu dinheiro com os médicos, sem nada conseguir! Até que no dia determinado por Deus, ela resolveu ir ao encontro de Jesus! Ela rompeu a multidão e tocou naquele que mudou a sua vida! E neste momento, Jesus está aqui neste lugar! Toca pela fé na orla das suas vestes e receba a cura, graça, força, libertação para alguém, poder, batismo com espírito Santo, renovo e a resposta que vieste buscar da parte de Deus neste lugar! Amados, o tempo da espera é um tempo maravilhoso.

É tempo de deixarmos Deus agir endireitando nossa vereda. Não devemos estar ansiosos, procurarmos lugares ou situações nas quais possamos dar uma “forcinha” para Deus. Ele não precisa da nossa mão para estabelecer em nossa vida aquilo que ele preparou para nós em sua eternidade. Deus precisa apenas do nosso coração contrito em sua presença, esperando em fé. Conclusão O que Deus prometeu para sua vida isso ele cumprirá. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” (Fl. 1.6.) Que de queira nos abençoar de maneira abundante , amém!
 
Graciele Teles Lima