sábado, 16 de março de 2013

16/03/2013 - TEMPO

Bom dia!!!!!!! O sábado em São Paulo está meio tímido, mas dá para curtirmos muito, mesmo assim.

Nossa leitura de hoje: Números 1 e 2, Eclesiastes 3.1-15 e Mateus 16.

Eclesisastes 3.1-11

O principal foco de Salomão nesta passagem é que Deus tem um plano para todas as pessoas. Ele estabeleceu ciclos para a vida, em cada um deles há trabalhos que devemos realizar. Apesar de enfrentarmos muitos problemas que parecem contradizer os planos de Deus, estes não devem ser barreiras para crermos nEle, antes, devem ser vistos como oportunidades para descobrirmos que, sem Deus, os problemas da vida não tem soluções permanentes!
O tempo é importante. Todas as experiências listadas nestes versículos são apropriadas em certas épocas. O segredo para ter paz com Deus é descobrir, aceitar e apreciar o tempo perfeito de Deus. O perigo está em duvidar ou ressentir-se em relação ao momento do Senhor. Isto pode levar ao desespero, à rebelião ou a seguir em frente sem o conselho dEle.
O cristão pode odiar? Não devemos odiar as pessoas más, mas o que elas fazem. Não devemos aceitar o fato de pessoas serem maltratados, crianças morrerem de fome e de o nome de Deus ser desonrado. Além disso, devemos odiar o pecado em nossa vida, pois é o que Deus reprova (ver Salmo 5.5).
Sua capacidade de encontrar a satisfação em seu trabalho depende muito da sua atitude. Você ficará insatisfeito se perder de vista o propósito que Deus tem para ele. Mas poderá alegrar-se se lembrar que Deus nos deu um trabalho a realizar e nos capacitou a perceber o fruto do nosso trabalho é um presente de Deus!
Deus pôs o mundo no coração do homem (verso 11). Em outra versão foi usado o termo ‘eternidade’ . Isto significa que nunca poderemos ficar completamente satisfeitos com os prazeres e com o que almejamos fazer na terra. Pelo fato de sermos criados à imagem de Deus, temos uma sede espiritual e um valor eterno; isto implica que nada, a não ser o Deus eterno, é capaz de satisfazer-nos verdadeiramente. Ele pôs em nós um incansável anseio por um mundo perfeito que só pode ser encontrado em sua perfeita lei. Deus nos deu um vislumbre de perfeição em sua criação. Mas é apenas um vislumbre; não podemos ver o futuro ou compreender todas as coisas. Assim sendo, devemos confiar NELE agora e fazer a sua obra na terra.
Ser feliz e fazer o bem são objetivos valiosos na vida, mas podemos buscá-los de maneira errada. Deus deseja que desfrutemos a vida. Quando temos a visão correta, descobrimos que o verdadeiro prazer consiste em considerar e desfrutar tudo o que temos como dádivas de Deus, não colocando nosso prazer no que acumulamos.
Muitas vezes a natureza humana acaba "vivendo em função do tempo”. Você deve estar se perguntando nesse momento: “Como assim vivendo em função do tempo?” Simples. Vivemos aguardando, esperando o tempo para conseguir o emprego, para começar a namorar, para casar, ou talvez para comprar uma casa, um carro, ou outra coisa seja lá o que for sempre estamos ansiosos aguardando o bendito tempo de o milagre acontecer.
O que você está esperando acontece na sua vida, tempo é de Deus.
Não mais vivemos nossas vidas de uma forma normal, mas vivemos somente em função do milagre, da benção, da vitória ou da vida. Diante de algumas situações chegamos até nos perguntar, "Mas quando? Porque não agora?" De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar e tomar atitudes para acelerar as coisas. Isso ao invés de acelerar só vai retroceder.
A vida inteira plantam esperando um dia colher e mesmo assim até a colheita esta na determinação de Deus. Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que foi previsto por DEUS. Uma vez ouvi em uma pregação algo que me marcou muito.
Vejamos no decurso da história bíblica como Deus estabeleceu o tempo certo na vida das seguintes pessoas:

1 – Sara
Se Deus tivesse dito a Abraão em Harã que ele precisaria esperar trinta anos até poder abraçar a criança prometida, seu ânimo teria desfalecido. “Assim, com o desvelo do amor, Deus ocultou-lhe a lonjura dos anos exaustivos, e só quando já estavam prestes a acabar-se e havia apenas alguns meses a esperar, é que Deus lhe falou”: "Ao tempo determinado tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho" (Gn 18.14).
Quanto tempo ela e Abraão esperavam para ter um filho! Foram muitos anos de espera e ela nem sequer tinha mais esperança de que isso viesse a acontecer. Mas um dia, o próprio Deus veio à tenda de Abraão e lhe disse: Certamente voltarei a ti, daqui a um ano; e Sara tua mulher, dará à luz um filho. E Sara riu, porque achava que era impossível, mas, para o nosso Deus, tudo é possível e no tempo determinado, Sara teve um filho e o chamou de Isaque!


2 – José
O nosso Deus também determinou um tempo de exaltação, mas antes que esse tempo chegasse, eis que veio o tempo das humilhações e José passou por caminhos que nenhum de nós desejaria passar! Foi vendido, desprezado, caluniado, lançado numa prisão e esquecido! Mas Deus, que não dorme nem tosqueneja, sempre esteve presente na sua vida e onde ele punha a mão, Deus fazia prosperar. Por fim, Deus o tornou governador do Egito! Porque Ele é fiel e cumpre com suas promessas no tempo determinado! Será que, se José soubesse que passaria por tudo quanto passou, ainda assim desejaria ser fruto dos planos de Deus? Penso que sim, pois ele nos deixa evidências a este respeito ao rejeitar, veementemente, propostas, aparentemente, favoráveis e boas, Gn 39: 9.
Entretanto, o sofrimento, a calúnia, a inveja, o ciúme, o desprezo, a prisão não puderam ser impedimentos para que os propósitos de Deus fossem cumpridos. Os capítulos 37 a 48 deixam evidente que sua trajetória foi desafiadora e dolorida. O sucesso de sua vida como cidadão e pessoa comprometida com Deus custaram-lhe muitas lágrimas, inveja, solidão, assédio, perseguição, prisão, humilhação, renúncia, perseverança e muitos outros males.
O preço pago pelos sonhos proféticos foi tão alto que os estudiosos o têm como personagem-tipo de Jesus. Muitos pregadores usam passagens, como a de José (Gn 37), para motivar seus ouvintes a sonhar. Há até mesmo aqueles que afirmam: quem não sonha não vence na vida. Sonhe alto! Não seja mesquinho! E por aí se vão as mais ufanistas ex-pressões quanto aos sonhos. Mas, o que, na verdade, os pregadores deveriam ensinar é que há um preço para quem quer sonhar.
Precisam dizer que o sonhador poderá O tempo (kairós) de Deus não está preso ao nosso tempo (cronômetro). Deus tem o controle de tudo, pois é poderoso para fazer tudo, muito mais abundantemente e além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera Ef 3: 20. Os fatos foram acontecendo na vida de José. Ele estava com 17 anos quando teve os primeiros sonhos. Era ainda um adolescente. Um moço sem experiência de vida, mas consciente dos planos de Deus. Nem mesmo o seu pai ousou questionar os mistérios divinos na vida de seu filho, v. 11.
Quando foi tirado da prisão para interpretar os sonhos do faraó, ele estava com 30 anos, Gn 41: 46. Depois que Deus cumpriu todos os projetos em sua vida, José veio a falecer aos 110 anos, 50: 26. Interessante que tudo foi acontecendo dentro do momento (kairós) de Deus. Nem antes e nem depois. Ele faz tudo na hora certa, ou seja, de repente o Espírito Santo é derramado, At 2; as portas se abrem, Ap 3: 7; o enfermo é curado, a bravura do mar é acalmada, o incrédulo é salvo.
Nada pode impedir que os ponteiros do relógio de Deus marquem a hora de sua ação. Ele não está condicionado ao nosso tempo, mas somos nós que estamos condicionados a Deus. Descanse e aguarde o tempo determinado do cumprimento das promessas divinas em sua vida. 3 - Moisés. E as determinações do Senhor são cumpridas sem que haja qualquer impedimento. Muitas vezes não entendemos o seu trabalhar, mas ele faz o seu caminho em meio à tormenta.
Ele muda os tempos e as horas, remove reis e estabelece reis! Como trabalhou na vida de José, está também trabalhando na tua vida e no tempo determinado, verás o cumprimento das suas promessas. Tem esperança, pois é bom esperar em silêncio a salvação do Senhor! Ser paciente na preparação para o trabalho do Senhor. Moisés tinha 40 anos quando compareceu perante Faraó6, em nome de Jeová, como dirigente do seu povo. Samuel começou a se preparar desde criança.

Jesus tinha cerca de 30 anos quando iniciou sua obra redentora. José tinha 30 anos quando foi feito primeiro-ministro do Egito e percorreu toda aquela terra. Aquilo fazia parte do plano de Deus para mais tarde retirar o seu povo de lá. Há muitos que quando sentem a chamada divina imediata-mente abandonam tudo e saem despreparados para a obra do Senhor, resultando isso em males e prejuízos para a própria obra, o individuo, os seus e a igreja. O Senhor da seara, antes de ordenar aos seus “ide por todo o mundo”, primeiro os chamou para com Ele ficarem cerca de três anos e se prepararem para a grande obra que os esperava. “Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15). Eliseu teve longa preparação antes de assumir o lugar de Elias; Daniel teve que receber preparação para servir a Nabucodonosor. Se isto aconteceu com todos eles, quanto mais ao crente para servir ao rei do Universo e cuidar da sua obra.
Se Deus to chamou para o seu trabalho, prepara-te. Muitos interpretam mal as palavras de Jesus em Mt 4.19: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. Ele nos prepara espiritualmente, capacitando, ungindo, enchendo da sua graça e do seu poder, mas o preparo do lado humano, nós é que devemos cuidar, adquirindo conhecimento e experiência e tudo o mais necessário, segundo a direção divina.

Aproveitar o tempo e as oportunidades que Deus dá. Isto faz parte da preparação. Há aqueles que desperdiçam o tempo e as oportunidades e quando chega a hora de entrar no trabalho vão lamentar e aprender a fazer o serviço cristão a custa de erros. Moisés vinha cuidando de rebanho há muito tempo quando chegou o momento de Deus na sua vida. Os acontecimentos que marcaram a vida de Moisés, bem como a sua reação ao chamado de Deus, em Horebe, ensinam lições preciosas aos servos de Deus.
Quanto mais difícil e a tarefa que Deus tem para seus servos, maior e mais difícil e a preparação e o caminho que eles têm a percorrer antes de cumprir sua tarefa. Se estamos enfrentando muitas dificuldades que não foram causadas por nossa própria imprudência, ainda assim devemos alegrar-nos no Senhor e aguardar o momento determinado por Deus. Sempre foi assim com aqueles que realmente foram chamados por Ele. Desde novo, Moisés se sentia responsável pelo povo de Israel. Ele havia sido salvo da morte (Ex 2.5) e levado para o palácio onde aprendera a ciência com uma das civilizações mais adiantadas do mundo antigo. Tal fato deve ter levado Moisés a perceber que fora escolhido pelo Deus de seus pais para tornar-se o libertador de seu povo. Entretanto quando ele tomou suas próprias iniciativas, foi interrompido de forma chocante (Ex 2.11-15). O caminho de Deus era outro. Havia outras lições que ele precisava aprender.
Para ser apto a conduzir o povo através do deserto não bastava conhecimentos de astronomia, geometria, geografia, etc. Ele precisava aprender a sobrevivência no deserto, a paciência, e tolerância. 4–Davi. Foi isso que Davi disse: Esperei com paciência no Senhor e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor! Davi, mesmo sendo o menor da casa de seu pai, foi ungido Rei de Israel, mas esperou muitos anos antes de sentar no trono. Foi perseguido, escondendo-se nos desertos e nas cavernas, desprezado por seus irmãos, mas nunca foi desprezado pelo Senhor que, no tempo determinado, deu-lhe vitória! o rei de Israel, uma grande promessa (2 Samuel 7; 1 Crônicas 17). Ele tinha decidido construir uma casa para Deus que substituísse a tenda que durante gerações tinha sido a morada de Deus na terra. Mas Deus disse a Davi: “Tu não edificarás casa para minha habitação. . . o Senhor te edificaria uma casa. Há de ser que, quando teus dias se cumprirem, e tiveres de ir para junto de teus pais, então farei levantar depois de ti o teu descendente, que será dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. . . .
O confirmarei na minha casa e no meu reino para sempre, e o seu trono será estabelecido para sempre” (1 Cr 17.4-14). Essa promessa começou a se cumprir em Salomão, o filho legítimo de Davi (1 Cr 22.6-10; 28:2-8). Mas a sua intenção final esperava um Filho de Davi maior, o qual se tornaria rei eterno. O plano de redenção de Deus estava vindo à tona. Os profetas de Deus explicaram mais detalhes sobre a promessa dele.

Isaías falou da deidade e do caráter do rei vindouro e da natureza pacífica e justa de seu reinado (Isaías 9:6-7; 11:1-16). Jeremias escreveu sobre sua integridade (Jeremias 23:5; 30:9; 33.14-16). Ezequiel descreveu esse “Davi” como um pastor que apascentaria seu povo (Ez 34.23-24; 37.24-25).
Mas desde a promessa até o seu cumprimento foi um período muito tempestuoso. Deus tinha alertado a Davi: “Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos, se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos, então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniqüidade” (Salmo 89:30-32). Mas mesmo com a disciplina, Deus prometeu não violar o seu concerto nem deixar de cumprir a sua promessa (S l89.33-34). No reino do neto de Davi, Roboão, Deus tirou dez tribos da casa de Davi por causa da idolatria, mas preservou uma tribo por amor a Davi (1 Reis 11.32-39). O filho perverso de Roboão, Abias, também foi poupado por causa da promessa que Deus tinha feito a Davi (1 Reis 15.3-5). Três gerações depois, Judá sofreu durante todo o reinado de Jorão, o genro de Acabe, um dos reis mais perversos que existiram. Ainda assim, “o Senhor não quis destruir a casa de Davi por causa da aliança que com ele fizera, segundo a promessa que lhe havia feito de dar a ele, sempre, uma lâmpada e a seus filhos” (2 Cr 21.7). A viúva de Jorão, Atalia, “destruiu toda a descendência real” (2 Reis 11), mas deixou um nenê que estava escondido no templo.
Mais tarde, Deus redimiu o seu povo das mãos do poderoso exército assírio de modo espetacular (2 Reis 19.33-35). Embora do ponto de vista humano a promessa de Deus sempre parecesse estar por um fio, Deus jamais deixou de mantê-la segura. Depois de algum tempo, a perversidade obrigou Deus a retirar os descendentes de Davi do trono. Ele disse: “Tira o diadema e remove a coroa; o que é já não será o mesmo; será exaltado o humilde e abatido o soberbo. Ruína! Ruína! A ruínas a reduzirei, e ela já não será, até que venha aquele a quem ela pertence de direito; a ele a darei” (Ez 21.26-27).

Deus usou a Babilônia para destruir a sua nação. A perspectiva de um reino eterno por meio da linhagem de Davi parecia pouco promissora. Certo escritor lamentou: “Que é feito, Senhor, das tuas benignidades de outrora, juradas a Davi por tua fidelidade?” (Salmo 89.49). Num momento especialmente obscuro, emitiu-se um decreto “para que se destruíssem, matassem e aniquilassem de vez a todos os judeus, moços e velhos, crianças e mulheres, em um só dia” (Et 3.13). Mas Deus interveio; sua promessa se manteve firme. Deus havia prometido que da árvore cortada brotaria um renovo (Isaías 11:1). Tinha prometido reconstruir o tabernáculo caído de Davi (Am 9.11-15). Havia predito que o reino não existiria mais até que chegasse aquele a quem pertencia (Ez 21.27). Embora a perspectiva de cumprimento parecesse pouco promissora, homens corajosos, de fé, confiantes na promessa de Deus, esperaram a chegada do reino eterno do filho de Davi (Lc 2.25, 38; 23.51). Por fim, terminou o tempo de espera.
Gabriel anunciou a Jesus: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lucas 1:32-33). Jesus Cristo, descendente de Davi, reina (veja Marcos 11:9-10; - Lucas 1:68-71; - Atos 2:25-36; - 13:32-37; -Romanos 1:3; 2 Timóteo 2:8; - Apocalipse 3:7; - 5:5; * 22:16). Em Cristo, o tabernáculo caído de Davi foi reconstruído (Atos 15:14-18). Que privilégio maravilhoso compartilhar como cristãos do reino eterno do Filho de Davi, Jesus Cristo (Apocalipse 1:9). I - A fuga de Davi - A Conspiração de Saul A ascensão de Davi ao poder promovido por Saul foi uma atitude política astuta, embora provasse mais a fragilidade psicológica do rei conturbado.
Com grande coragem temperada pela circunspeção e humildade, Davi saía às guerras, e voltava tão bem-sucedido que não demorou para a multidão passar a cantar a respeito de seus feitos, quase de forma lendária. O rei Saul achou-se eclipsado e, a partir daquele momento, traçou algumas estratégias para livrar-se de seu rival. Em primeiro lugar, sob influência demoníaca, Saul tentou encravar Davi com uma lança na parede, pelo menos por duas vezes (1 Sm 18.11; 19.10), mas Yahweh o livrou de suas mãos. Bastante frustrado, Saul dispensou Davi da corte, deixando-o apenas dedicado ao serviço militar.
Depois, o rei maquinou um plano pelo qual se veria livre de Davi: obrigou-o a pagar o preço (mõhar) de cem filisteus mortos, em troca da mão de sua filha Mical. Isto seria o equivalente a uma alta quantia em prata e ouro (1 Sm 18.25). Davi não se intimidou e buscou a ocasião, ferindo duzentos filisteus. Quando Saul recebeu os relatórios constatando que a tarefa havia sido cumprida, tratou imediatamente de fazer os preparativos para o casamento. Saul passou a ter como genro o inimigo que tentava destruir. A partir de então Saul passou a manifestar abertamente a intenção de destruir Davi, fazendo com que o próprio Jônatas soubesse de seus planos.
Este, consciente sobre a eleição divina de Davi, buscou fazer seu pai entender que seria tolice derramar sangue inocente (1 Sm 19.4,5). Tais palavras até ocasionaram uma reconciliação momentânea, mas Saul logo estava à procura de Davi para matá-lo; desta vez, enviou alguns assassinos para o atacar enquanto estivesse dormindo. Porém Mical, ao tomar conhecimento do plano, avisou o marido, dando-lhe tempo para escapar e refugiar-se em Ramá junto ao profeta Samuel (1 Sm 19.18).
Permanecendo lá por pouco tempo, Davi procurou Jônatas mais uma vez, e juntos planejaram um meio de Davi saber se teria ou não um futuro na corte de Saul. Na ocasião, a intercessão de Jônatas por Davi era totalmente em vão, porque Saul havia posto no coração que Davi precisava ser eliminado. Saul percebeu que Jônatas havia reconhecido a legitimação do reino de Davi, e que expressava lealdade ao homem que era segundo o coração de Deus (1 Sm 20.30,31). Então, não havia outro caminho para Davi senão fugir, tornar-se um exilado de seu país e de sua família, caso ainda esperasse sobreviver para reivindicar seu lugar ao trono. II - Davi Aguardando o Tempo de Deus Davi foi primeiramente para Nobe, uma vila no monte das Oliveiras, onde o sumo sacerdote presidia sobre o tabernáculo.
Visto que Aimeleque (em outra passagem conhecido como Aías; cf. 1 Sm 14.3; 22.9) era bisneto de Eh, é razoável admitir que ele ou seu pai Aitube removeram o tabernáculo de Siló e o instalaram em Nobe. Alguns até hoje questionam o porquê de tal lugar haver sido escolhido. A arca, é claro, ainda estava em Quireate-Jearim, sob a custódia da família de Abinadabe. Tendo escapado de Saul apenas com as roupas do corpo, Davi e seus companheiros estavam famintos e pediram alimento ao sacerdote. Aimeleque não sabia acerca do desentendimento entre Saul e Davi, de sorte que lhes providenciou o único alimento disponível: os pães da proposição do tabernáculo.
Tomando a espada de Golias que tinha sido guardada debaixo do éfode, talvez como símbolo da superioridade de Yahweh sobre os filisteus - Davi partiu em direção a Cate, a terra natal de Golias. Este ato de loucura, acentuado pelas representações teatrais de Davi, acabou convencendo Áquis, rei de Gate, de que Davi estava de fato insano. Os profetas extáticos do mundo pagão agiam da mesma maneira e, tidos como homens santos, eram isentos de punição, como foi Davi.
O herói hebreu que ferira de morte Golias, obteve o direito de aguardar em Cate. De fato, Davi procurava um refúgio em Gate, mas o rei Áquis, por alguma razão, não achou por bem que Davi permanecesse em seu meio. Pelos próximos dez anos, Davi viveu uma vida de fugitivo, movendo- se de um lado para outro, sem nenhuma ajuda visível. Encontrou refúgio na caverna de Adulão, uma cidade situada na Sefelá de Judá, cerca de 20 quilômetros a sudoeste de Belém. Na ocasião, sua família tomou ciência da situação, e juntou-se a outros sob o comando de Davi. Isto sugere que emergia um consenso a respeito de que Davi, tendo recebido a unção como rei, estava prestes a liderar um movimento que resultaria em uma grande revolução e na deposição de Saul. Até mesmo os filisteus perceberam isto (1 Sm 21.11).
É provável que tivessem poupado Davi em Gate precisamente porque poderiam usá-lo para minar o governo de Saul. Nesse período, o profeta Gade juntou-se a Davi, e o aconselhou durante o restante de seu exílio. Gade recomendou-lhe que deixasse Adulão, e se deslocasse para a floresta de Frete (localização desconhecida). Enquanto isso, Saul, dominado por sua paranóia, acusou os companheiros benjamitas de deslealdade por não terem confessado que Jônatas, seu filho, havia desertado e manifestado solidariedade para com Davi.
Para apaziguar Saul, Doegue, que havia observado como o sacerdote Aimeleque favorecera Davi em Nobe, decidiu contar ao rei tudo o que lá tinha ocorrido. Furioso, Saul reuniu os sacerdotes de Nobe e, acusando-os de traição, matou sumariamente a todos. Ele mesmo colocou a cidade de Nobe sob herem, apagando-a definitivamente da terra. Porém, Abiatar, filho de Aimeleque, conseguiu escapar para junto de Davi, e o serviu durante todos os anos que este esteve no deserto.
Mais tarde, tornou-se o sumo sacerdote de Israel juntamente com Zadoque, mantendo esta posição até que Davi veio a falecer, quando então conspirou com Adonias, filho de Davi, para que Salomão não se tornasse rei. Tal atitude removeu Abitar do ofício de sumo sacerdote, e ocasionou seu exílio em Anatote quando Salomão assumiu o poder. Davi podia estar fugindo de Saul, mas permanecia sempre bem informado das necessidades de sua parentela. Os filisteus, talvez testando as intenções de Davi, fizeram uma incursão na cidade de Queila (Khirbet Qilã), um vilarejo de Judá ao sul de Adulão.
Buscando cuidadosamente o Senhor através do éfode que Abiatar havia trazido de Nobe (1 Sm 23.6), Davi convenceu-se da vitória e partiu para Queila a fim de libertar seus conterrâneos. Ciente, Saul marchou rapidamente para o sul com intenção de emboscar Davi e seus homens dentro da cidade. Davi soube da chegada de Saul a tempo de escapar, buscando refúgio no deserto de Zife que ficava pouca coisa ao sul de Hebrom. Ele estava certo de que o povo de Queila, que ele acabara de salvar dos filisteus, não o defenderia contra Saul. Uma evidência de que Davi não desfrutava de apoio total nem mesmo em Judá. Também os habitantes de Zife provaram ser traiçoeiros, pois não perderam tempo em informar ao rei de que Davi escondia-se no meio deles. Sempre um passo à frente, Davi partiu depressa para o deserto de Maom.
Saul também chegou ao local, e por pouco não capturou o exército de Davi. Mas antes de prosseguir, teve de voltar para o norte, a fim de impedir uma invasão dos filisteus em seu território. Davi partiu para o oriente, até EnGedi (Tel ej-Jurn), às margens do mar Morto. Incansavelmente, depois de resolver o problema filisteu, Saul voltou à perseguição. Seguiu Davi até En-Gedi, mas desta vez quase perdeu sua própria vida, pois Davi estava em uma posição que poderia matá-lo, caso realmente o quisesse. Sem dúvida o instinto humano requeria que Davi se livrasse do rei e buscasse o trono. Porém, a percepção divina prevaleceu, porque Davi sabia que até que o próprio Jeová o removesse, Saul permaneceria o ungido do Senhor. Ele também reconhecia sua unção divina, mas isso não significava muito no momento. Tudo o que ele sabia era que Deus, que o tinha escolhido, o colocaria na posição de poder no tempo dEle. Temporariamente atraído pela bondade e respeito manifestos por Davi, Saul decidiu retornar para casa.
Davi também partiu de En-Gedi e foi para o deserto de Parã até o Carmelo (Kirmil), dois ou três quilômetros de Maom (Khirbet Ma’in). Davi ouvira falar de um homem muito rico chamado Nabal, que vivia em Maom e era dono de muito gado e vastos territórios no Carmelo. De novo à beira da fome, Davi pediu àquele homem alimento para si e para seus homens, o que não era um pedido injusto se considerado o hábito da apropriação indevida comum aos indivíduos fora-da-lei. Além disso, com consentimento dos homens de Nabal, Davi protegeu os rebanhos deste sem qualquer remuneração (1 Sm 25.15).
Apesar disso, Nabal não concedeu o pedido e, não fosse pela intercessão da sábia e bela Abigail, mulher de Nabal, aquele homem rapidamente teria experimentado a ira de Davi. Abigail providenciou os suprimentos necessários, Quando Nabal ficou sabendo do que lhe iria acontecer, ficou tão chocado que teve um ataque do coração e morreu. Davi, agradecido a Abigail e ao mesmo tempo envolvido por sua sabedoria e beleza, providenciou para que ela se tornasse sua esposa. Ele também se casou com Ainoã, de Jezreel (Khirbet Terrama?), uma cidade a sudoeste de Hebrom. A primeira mulher, Mical, tinha nesse tempo sido tomada de Davi e entregue a outro marido, Paltiel. Depois de Davi se tornar rei em Hebrom, Ainoã deu à luz seu primogênito, Amnon, e Abigail deu à luz seu segundo filho, Quileabe (2 Sm 3.2,3).
Mais uma vez os zifitas, que pareciam ter um incontrolável ódio de Davi, notificaram a Saul que seu inimigo estava entre eles, em Aquilá (local desconhecido). Quando Saul chegou ao local, Davi e seu sobrinho Absai (ver 1 Cr 2.13-16) penetraram furtivamente no acampamento do rei, durante a noite, e facilmente poderia tê-lo matado juntamente com seu general de exército, Abner. Novamente Davi reconheceu a santidade do reinado em Israel e deixou que o destino de Saul fosse consumado pelas mãos de Yahweh (1 Sm 26.10).
Quando Saul despertou e soube que ainda estava vivo pela misericórdia de Yahweh e seu servo Davi, confessou outra vez seu pecado contra Davi e prometeu nunca mais buscar tirar a vida de Davi. Mas Davi sabia que estes eram apenas surtos de paranóia, e que em momento oportuno voltaria a caçá-lo. A ansiedade é uma angústia, um mal que nos destrói pouco a pouco! “Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá.” (1 Sm. 16.13.) A ansiedade é uma angústia, uma incerteza aflitiva, um mal que nos destrói pouco a pouco, dia após dia. Vemos no livro de primeiro Samuel o episódio da unção do jovem Davi a rei de Israel.
Davi não alcançou o reinado de sua nação logo após sua unção, houve um tempo de espera, tempo este que não foi pequeno, muitos anos se passaram, muitas situações aconteceram na vida daquele jovem, até que ele chegasse ao lugar para o qual Deus o havia ungido. 5– O Rei Ezequias. Foi um grande homem de Deus, que fez o que era bom aos olhos do Senhor e andou nos caminhos de Davi. Mas um dia, a enfermidade o afligiu e Deus lhe enviou o profeta Isaías dizendo: “Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás!” Como ficou triste o rei Ezequias!... Mas ele virou o seu rosto para a parede e suplicou ao Senhor, mostrando-lhe tudo quanto tinha feito e Deus mandou mais uma vez Isaías dizendo: “Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas, eis que acrescentarei aos teus dias 15 anos!”.
Tudo isso, porque o tempo de Deus não havia chegado para sua vida! E se o tempo de Deus ainda não chegou não te aflijas, pois ele é vitória para ti nesta tarde! 6 – A mulher que passou 12 anos com uma enfermidade terrível! Ela já tinha gastado todo o seu dinheiro com os médicos, sem nada conseguir! Até que no dia determinado por Deus, ela resolveu ir ao encontro de Jesus! Ela rompeu a multidão e tocou naquele que mudou a sua vida! E neste momento, Jesus está aqui neste lugar! Toca pela fé na orla das suas vestes e receba a cura, graça, força, libertação para alguém, poder, batismo com espírito Santo, renovo e a resposta que vieste buscar da parte de Deus neste lugar! Amados, o tempo da espera é um tempo maravilhoso.

É tempo de deixarmos Deus agir endireitando nossa vereda. Não devemos estar ansiosos, procurarmos lugares ou situações nas quais possamos dar uma “forcinha” para Deus. Ele não precisa da nossa mão para estabelecer em nossa vida aquilo que ele preparou para nós em sua eternidade. Deus precisa apenas do nosso coração contrito em sua presença, esperando em fé. Conclusão O que Deus prometeu para sua vida isso ele cumprirá. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” (Fl. 1.6.) Que de queira nos abençoar de maneira abundante , amém!
 
Graciele Teles Lima

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