Quem está em São Paulo, hoje está encolhido de frio, rs, ... mas lembremo-nos de ser gratos em todo tempo, afinal, Deus é o responsável por tudo e como diz uma canção que amo, Deus está em tudo, na folha que cai, no vento que sopra e por aí vai!
Leitura de Hoje: Números 7 e 8, Eclesiastes 6 e Mateus 18.18-35.
"Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão." Mateus 18.35
Perdoar é um dos atos básicos da fé cristã, pois, a nossa entrada na vida que Jesus Cristo nos ofereceu, só foi possível porque recebemos perdão de nosso Deus e Pai. Ele nos perdoou, mediante a obra de seu Filho feita na cruz, em nosso favor. Amor e perdão sempre caminham juntos.
“Deus é
amor”, é a mais formosa definição que a Bíblia apresenta. E a maior prova do seu
amor para conosco foi perdoar todos os nossos pecados. Porque ele nos ama ele
nos perdoou. Perdoar é um atributo de Deus.
Perdoar é um mandamento
da Palavra de Deus. Não é um sentimento, nem depende de nossa vontade ou emoção.
A Palavra declara: “sede uns para com os outros benignos, compassivos,
perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo vos perdoou” (Efésios
4.32); “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, casa alguém tenha
queixa contra outrem. Assim como o Senhor nos perdoou, assim também perdoai vós”
(Colossenses 3.13).
Quando Deus nos
perdoou, pôs um fim à situação desastrosa em que nós nos encontrávamos, pois,
estávamos condenados à morte como conseqüência do nosso pecado de desobediência.
Ele nos chamou para uma nova vida, onde o amor e o perdão sempre têm a sua
máxima expressão. Perdoada a nossa ofensa, o relacionamento amoroso que nos une
ao Pai Eterno foi restaurado. Diante desse ato de misericórdia e amor imerecido
devemos, do mesmo modo, estender perdão a todo aquele que nos ofender. O perdão
de Deus deve gerar em nosso coração o desejo de perdoar incondicionalmente, tal
com ele fez conosco.
Perdoar
significa deixar de considerar o outro com desprezo ou ressentimento. É ter
compaixão, deixando de lado toda a idéia de vingar-se daquilo que foi feito ou
pelas conseqüências que sofremos.
A base sobre a
qual exercitamos o perdão
A base para
o ato de perdoar é o completo e livre perdão que recebemos do Pai. Assim como
ele nos perdoou, nós perdoamos. Como filhos de Deus o perdão que expressarmos,
deve ser análogo ao seu perdão – “perdoando-vos uns aos outros como, também
Deus, em Cristo, vos perdoou” (Efésios 4.32), ensina o apóstolo. É
inconcebível viver sob o perdão de Deus sem perdoar ao próximo.
Quando Jesus
ensinou os seus discípulos a orar, ele colocou um pedido ao Pai: “perdoa-nos
as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado os nossos devedores”
(Mateus 6.12). É esse espírito de perdão que deve permanecer em nós. Se o Pai,
antecipadamente, nos perdoou, quando não éramos merecedores, em gratidão ao seu
amor perdoador, nós devemos, também, perdoar aos que nos ofendem. O perdão deve
uma característica do nosso viver cristão. Se o amor perdoador de Cristo foi
sacrificial – ele se deu por nós -, da mesma forma o nosso amor deve se
expressar dando-nos, em amor, por aquele que nos ofendeu.
Quando devemos
perdoar
Há dois momentos, em
especial, que o perdão deve se expressar:
(1) – No momento em
que fomos atingidos - injuriados, maltratados, ofendidos, perseguidos, etc.
– O exemplo de Estevão mostra que ele perdoou no mesmo momento da agressão
recebida (Atos 7.60) – “Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não
lhes imputes este pecado”. Apedrejado até a morte, ele não pensou em si,
pensou na situação dos agressores diante de Deus – perdoou-os e rogou por eles.
Eis, aí manifesto o mais elevado e magnífico espírito cristão de perdão. Este
primeiro mártir da fé cristã imitou o Senhor Jesus que orou na cruz: “Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34).
(2) – Quando aquele
que ofendeu pede perdão – Devemos estar preparados para perdoar, tão logo
nos for solicitado o perdão. Deve ser uma atitude imediata e sem guardar
ressentimento algum. Isso se expressará mais fácil na medida em que amadurecemos
em nossa vida espiritual. O perdão tem de ser um ato de nossa vontade
disciplinada. Ele não é um sentimento, nem é facultativo. Ele resulta de colocar
a nossa vontade sob a vontade de Deus.
Quantas vezes
devemos perdoar
Essa foi a pergunta
que Pedro fez a Jesus. A resposta do Senhor trouxe algo novo, demonstrando que
já não estamos sob a Lei, estamos sobre a Graça de Deus. “Senhor, até quantas
vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Sete vezes? Respondeu-lhe
Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mateus
18.21,22). Se a Lei determina um número de vezes para perdoar, o Evangelho de
Cristo não determina números, determina a aplicação do amor em grau
infinito.
Condições para recebermos perdão
Perdoar para ser
perdoado é o ensino de Jesus:
- “se,
porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos
perdoará as vossas ofensas”. (Mateus 6.15).
- “Assim
também meu Pai celeste vos fará, se no íntimo não perdoardes cada um ao seu
irmão” (Mateus 18.35).
- “E,
quando tiverdes orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que
o vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas” (Marcos
11.25)..
O perdão
"a" nós mesmos
Muitas vezes, antes de
podermos perdoar os outros, devemos perdoar a nós mesmos. Habitualmente somos
mais duros conosco do que com os outros. Devemos recordar que Cristo nos
perdoou. Mateus 22.39 nos ensina: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.
Precisamos sentir que ele nos ama e já nos perdoou. Para que isso ocorra,
devemos lembrar a posição em que Deus já nos colocou: “nos fez assentar nos
lugares celestiais em Cristo Jesus” (Efésios 2.6). Precisamos nos ver como
somos aos olhos de Deus e não segundo os nossos incorretos sentimentos. Em
Cristo está a nossa vitória.
Valor do
Perdão
Perdoar é essencial ao
nosso bem estar interno e ao testemunho externo da igreja. Sem esta prática as
daninhas ervas da amargura, do ódio e do ressentimento impedirão de que
representemos ao mundo, integralmente, o caráter de Jesus o nosso Senhor e
Salvador. Amém.
Graciele Teles Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário